segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2013 - além da Planície Proibida


É meu desejo que em 2013 possamos entender a natureza dos obstáculos e superá-los.  Ir além da PLANÍCIE PROIBIDA – reencontrar a Alegria e o Amor que os inimigos ocultos (esses disfarçados de amigos)  insistem em apagar de nossas almas.
Quadro "Além da planície proibida" de Carlos Zemek. Ver: http://www.cazemek.blogspot.com.br/


Ter confiança e coragem para tomar decisões e realizá-las.
Ter firmeza para dizer "não" quando essa palavra é necessária.

Diante de qualquer entrave pensar : "Essa é uma luta para quebrar brinquedo, não é parte da grande preparação”.

E neste mundo de brinquedos, de jogos, de falsidade, de vaidade, no qual parece fundamental mostrar que somos felizes, sempre felizes, de dia e de noite, como se o mundo fosse um parque de diversões e os seres humanos deuses imortais, sempre alegres, sorridentes, sem perguntas e sem respostas, (bonecos alegres e indiferentes ao sofrimento do mundo), vamos ler essa bela página da Bíblia:
TEMPO PARA TUDO 
Tudo neste mundo tem seu tempo;
cada coisa tem sua ocasião.

Há um tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir;

Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar:
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar;

Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar;
tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar
tempo de guerra e tempo de paz.
Eclesiaste 3, 1-8

FELIZ 2013

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Poema Pranto para os Guarani Kaiowás



Este povo precisa de nosso apoio, vamos assinar e compartilhar essa mensagem para que possamos atingir, mobilizar e sensibilizar o máximo de pessoas. 

LINK PARA ASSINAR A PETIÇÃO:http://www.avaaz.org/po/petition/Salvemos_os_indios_GuaraniKaiowa_URGENTE/?ceqKDdb

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Quadro de Paulo Dias - Miniconto de Mauro Blumenthal Silka


Eram observados pela menina, sua filha, e pelo avô, pai da mulher. O casal discutia na rua em frente à sua casa. O tom ainda era educado, mas notava-se a presença da indignação no gesticular de ambos.
- “ Então, porque eu não posso?” , perguntou a mulher com um certo rasgo de ironia.
- “Dai-me incensos! Sempre a mesma tecla! Estou cansado de repetir.”, disse o marido, olhando para Deus.
O sogro, neste momento cruzou os braços. Continuava observando a conversa repetida e cansativa. Enquanto! a filha, que torcia pela mãe, olhava do alto da sacada e pequeno teatro familiar.
- “Você não pode, pela última vez, por você é mulher! Vê se entende isto!, falou o homem pausadamente, esboçando uma quase desistência ao diálogo.
“ Eu vou, de qualquer maneira, a partir de hoje PENSAR  e vou falar o que eu quiser. Começando em ressaltar a tua ignorância, caveira de burro! Quero minha integridade e quero garantir a independência de espírito de minha filha!” , falou firme a mulher.
- “ Acaba aqui o reinado do macho e começa o direito de ter ideias e lutar por elas”, finalizou, deixando transparecer um semblante de vitória e alívio.
A menina sorriu.
O sogro continuou de braços cruzados...



Mauro Blumenthal Silka  -  18/SET/2012       

domingo, 21 de outubro de 2012

Como ensinar poesia na escola?


Poesia!  Ela está voltando com força renovada. Poesia é sinônimo de emoção estética.  É a força da palavra usada para mexer com o emocional humano.
Ela nos leva pelo mundo mágico da imaginação, dos jogos linguísticos, das ideias escritas com rima, com ritmo.

A poesia não é somente fruto do significado, mas também do significante.

E as figuras de estilo são importantíssimas para criar um texto interessante. Um texto que capture o leitor. Atualmente, as figuras de estilo são assunto de estudo em cursos de redação publicitária, de propaganda e de marketing. As figuras de estilo aumentam a expressividade, a emoção do texto.  E todos os poetas queremos escrever e ouvir textos que entusiasmem, com palavras que energizem as ideias.

Geralmente, consideramos três tipos de poemas: lírico, dramático e épico. O lírico possui ritmo e musicalidade e está relacionado à música. É devemos lembrar que as crianças gostam de música, de canto, de declamar poemas, de brincar com palavras e escrever poemas.

Por isso, as aulas de poesia para crianças devem ser lúdicas. Confesso que pensei muito nesse assunto ao escrever o livro "O grande poeta – figuras de estilo e poemas divertidos", publicado pela Matrix editora - http://www.matrixeditora.com.br/


O livro "O grande poeta" da Matrix editora é um livro que diverte enquanto ensina como escrever poemas.  As crianças vão aprendendo as figuras de estilo enquanto brincam com as palavras. Crianças gostam do jogo linguístico.   O aprendizado não pode ser rígido nem cansativo. Os alunos necessitam divertir-se, brincar  com palavras e ideias. Podemos dizer que as crianças gostam de poetizar.

Na realidade não ensinamos a escrever poesia, só orientamos. Cada criança terá uma reação diferente. O educador deve respeitar essas diferenças.

É  necessário fazer ênfase nos efeitos de sonoridade, de imagens, de movimento.  A finalidade das aulas de poesia para crianças é despertar o espírito poético. Estimular o gosto pela poesia. Não podemos esperar que todos sejam poetas, mas que apreciem ler poemas, declamar, escrever.

A poesia para crianças pode começar com "jogo de palavras". O educador coloca uma lista de palavras que rimem e solicita que os alunos criem poemas com essas palavras.

Outros estímulos também podem servir para criar poemas. Por exemplo: falar sobre a metáfora e solicitar aos alunos que escrevam metáforas.  Depois  elaborar o poema baseando-se em alguma metáfora. É preciso dar liberdade.

Alguns alunos farão poemas de pequenos de dois versos (dísticos) enquanto outros escreverão poemas longos. O professor deve estimular a produção poética e entender que alguns alunos terão mais capacidade criativa. O trabalho não é julgar os poemas, mas estimular a criação poética.

O livro "O grande poeta" que publiquei pela Matrix editora é um guia para que os pequenos possam entender essa arte maravilhosa, que é a arte poética.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O Espanto (conto de Terezinha Maria Pagliarini)


          De repente a notícia através da mídia escrita, trazida pelo
professor da universidade que conhecia  o personagem central da
história.
            Ciro, ao ler seu nome no jornal e muito mais ao ler a
notícia de seu descredenciamento junto à instituição de ensino a que
pertencia, motivado por crime racista, tonteou e caiu. E mesmo naquela
posição releu a notícia enquanto seu pai e também professor da mesma
universidade apontava com o dedo para a notícia do jornal.
            Júlio, o irmão mais velho, mal podia crer que fosse
verdade o que estava escrito naquele jornal, e espantado dizia: "Você,
o exemplo da familia, o quase perfeito?"
            Espanto geral! E a familia surpresa, se indagava em meio
a geral consternação: como, como????

                                                     
Terezinha Maria Pagliarini

ARENA BRASILEIRA Conto de Viviane Flores Goldini

            Januária não reclamava das roupas tristes que lavava. Tão sujas, rotas, tantos buracos que pareciam os das goteiras de sua casa. Deu risada, pensou: Isso merecia um filme ou pelo menos uma risada. Pobre só sai na televisão triste, preso, fudido. Subiu o morro pra fazer a janta carregada de balde d’água. Os meninos ainda iam ter que caçar, marido foi pro mundo arranjar o ouro que todo tolo encontra embaixo da ponte.
            Outra vez arroz, feijão e farinha. Ai de quem reclamasse! Dos três, primeiro chegou o caçula Miguel, não deu uma palavra.
            Januária logo perguntou:
            – Qual foi a aprontação de hoje?
            – Nada, não.
            – Diz logo se sabe. Se mente, apanha, mas se fala a verdade, posso até remedia.
            – Foi moço, mãe, fotógrafo tirou foto minha, mas de roupa, diz que era pra pesquisa, de
Paulo e André também, pago nóis tudo certo, acho que Paulo e André tão lá ainda com ele.
            Januária saiu feito uma égua em disparada, corria, suava, seus pensamentos tinham a força de um coice e a velocidade do desespero.
            Chegou na mercearia onde Miguel disse que Paulo e André ficaram e lá estavam.
            Aparência de estrangeiro, mas era daqui mesmo o fotógrafo.
            Januária tenteou manter-se calma, mandou os guris pra casa, mas antes os fez devolver o dinheiro que o moço tinha dado...

Epílogo:
Januária na cadeia quebrou a máquina de fotógrafo. Os meninos ficaram soltos no morro, sendo tratados pelas comadres Januárias que nem ela.
Januária pensou: Tem máquina de pesquisa aqui!

VIVIANE FLORES GOLDONI publicou o livro: "Poesias bipolares", pela Imprensa Oficial do Estado do Paraná - Secretaria de Estado da Cultura.

Conto: 'Sem título" de Rodolfo Alexandre H. Peixoto


Quadro Do artista Paulo dias n° 06841 (C)
Conto: Sem titulo
Autor: aluno Rodolfo Alexandre H. Peixoto
            Ela morava do outro lado da rua, terceiro andar do prédio em frente ao meu. Só conseguia vê-la quando estava na cozinha, não sabia seu nome, sua idade, não sabia nada sobre essa mulher, mas através dos meus binóculos nunca me senti tão próximo de um outro alguém.
            Nos dias de calor ela abria a janela completamente e ficava com o corpo virado na minha direção. Lavava louça e ligava seu radinho para ouvir música. Ligava também o meu, explorando as estações para tentar adivinhar o que ela escutava enquanto lavava pratos e colheres.
            Havia um muro do meu lado da rua, pintado de rosa, daqueles que quase não se acham na natureza. Um rosa artificial de chicletes sabor tutti-frutti. Nesses dias de sol em que sua janela estava aberta, descia até a calçada, passando muitas vezes consecutivas em frente ao muro, esperando que ela notasse o meu perfil emoldurado pelo papel de parede cor-de-rosa.
            Vinte metros cobertos de tinta pelos quais eu percorria para chamar sua atenção, pelos quais meus pensamentos navegavam pelo rosa. Passei a ver corações na parede e depois a imaginar o corpo desnudo dela. Tocava o muro, passando a mão em sua pele rosada.
            Dias se passaram e tudo parecia mais colorido perto do paredão rosa, os pássaros, as flores, mas não eu, pois ela nunca notava minha presença, nem olhava de canto do olho, me sentia em preto e branco, descolorido.
            Minha vizinha tinha que me ver, não era possível que eu não tivesse cor nenhuma. Gritei por ela, mas sem resposta, precisei tomar uma medida mais drástica, aquilo não ficaria assim, então comecei a escalar seu prédio, rumo ao seu andar. Estava logo abaixo, já ouvia a música do rádio. Quando coloquei uma mão para dentro da janela, pude sentir a água da pia espirrar, foi então que escorreguei. Minha cabeça abriu no meio-fio e minha vida escorreu pelo asfalto, mas lá em cima, antes de fechar os olhos, a vi esticar seu pescoço e olhar para baixo, para mim. Meu sangue era rosa.
Rodolfo Alexandre H. Peixoto

O cinza-quadro, por Marina Carraro


O cinza-quadro.

Conto inspirado no quadro do artista plástico Paulo Dias.
REF. 06857 C

Sou feito do cinza, na mistura perfeita da lembrança com a imaginação.
Meu retrato é de fato incontestável, a vida em sua eterna mutação.
Sou cinza, também pudera quem ouvira dizer que a lembrança se colore a cada era?
O que não me colore, ainda que não ignore tons como:  o preto (ausência de cor) e o branco (expansão de luz), é a recordação.
Já explico: recordação tem tom de cinza.
Sou o dia de hoje, só que ontem.
Sou o macaco que evolui. (Mesmo sabendo que hoje ainda existem macacos). Sou o macaco de antes.


Carrego em mim o cão, que quando são, atendia por Bernardo.
Sou o piuí do trem em movimento anunciando com sua brasa, em extensa fumaça, a próxima estação.
Sou a tela pintada pela imaginação de um pintor.
A chaleira, que por diversas vezes, com a água da fonte, ferveu e perfumou as manhãs com aroma de café quente. Ela, que aos entardeceres contribuiu para cerimônias em volta da mesa de chá.
Sou feito da criança que cochichou sua infância a um amigo que só ela imaginou.
Sou a igreja, na qual o padre, senhor religioso, silenciou tantas confissões. Com seu pai-nosso e tantas outras ave-marias, salvou almas do pecado, permitindo ao fiel, a redenção.
Tenho em meus traços, a projeção de um passado que em preto e branco se pincelou.
Esse passado, que hoje não passa de um belo retrato, que um dia, alguém viveu, ou quem sabe, só imaginou.

Por Marina Carraro,  19/09/2012

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Interação - Exposição de Artes Plásticas





INTERAÇÃO 
EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS

A exposição interação que é mais uma proposta do grupo 100 fronteiras com o objetivo de fortalecer a produção e apresentação artística, estimular a reflexão e o pensamento crítico.
A cada apresentação o diálogo surge como um novo fôlego para as Artes visuais movimentando o setor fazendo ressurgir antigas ideias entrelaçadas com novas ações.

Artistas plásticos.
Adalberto, Adão Mestriner, Alexandre Bozza, Alvaro Azzan, Alvaro Doudek, Ana Kath, Ana Nisio, Carlos Zamek, Celia Dunker, Clarice Barbosa, Cleonice Sl Kozievitcch, Cristina Daher, Daacruz, Di Magalhães, Dina de Sousa, Dirce Polli, Doniê, Edilma Rocha, Elisabeth Lopes, Evanir Plaszewski, Félix Wojciechowski, Glaura Barbosa Pinto, Hector Consani, Ivani da silva, Ivone Rabelo, João Abreu, Katia Velo, Kim Molinero, Kronland, Lisete Steinstrasser, Maris Trevisan, Miquelina Ribeiro, Neiva Passuello, Ninon Braga, Noemi Cavanha, R. Lima, Rafael Rocha, Regina Tiscoski, Renato Pratini, Rita M. Lessa, Rogerio Bin, Rosalia Valente dos Santos, Rosangela Scheithauer, Sandoval Tiurcio, Teresa Martins, Ubiratan Lima, Vanice Ferreira, Vera Garcia, Vera M. P. de Freitas, Vildete Pesssutto.

Participação especial.
Amilcar Fernandes da Silva. Escritor/poeta
Emílio Boschilia. Artista gráfico/Pintor/fotografo.
As fotos de Emílio Boschila retratam a vida e a paisagem da pequena vila, localizada na fronteira entre Portugal e Espanha.

Escritores
Isabel Furini, Renato Pratini, Sandoval Tiburcio/Romancista e Vanice Ferreira.


ABERTURA: 10 de Agosto as 20hs

Visitação: 10 a 31 de Agosto


Local: Sociedade Portuguesa 1 de Dezembro,
Rua Pedro Ivo, 462, Centro, Curitiba , Paraná, Brasil


Curadoria: Jô Oliveira e Valderez Cachuba
Colaboração: Carlos Zemek

http://artessemfronteiras.blogspot.com/
artes100fronteiras@gmail.com

domingo, 29 de julho de 2012

Oficinas de Criação Literária


OFICINA: 

COMO ESCREVER LIVROS - CONTOS E CRÔNICAS

Na oficina serão lidas e comentadas crônicas de autores consagrados. Também serão
analisadas as diferenças entre crônica e conto. Assuntos que merecem uma crônica. A função do cronista. Os segredos do gênero. O ritmo da escrita. 
Professor: ISABEL FURINI
Inscrição: R$ 30,00

Data: 07 de agosto a 27 de novembro de 2012. 

Horário: 3ª feiras - 14h30 às 16h30

Preço: Parcelas mensais R$160,00 

Dia(s) Semana: 3ª feira

LOCAL: Solar do Rosário, Duque de Caxias,04, Largo da Ordem.
INFORMAÇÕES: Fone (41) 3225-6232.


COMO ESCREVER LIVROS - O ROMANCE

Como vencer o desafio de escrever um romance? Conheça os segredos do universo ficcional. Como criar personagens marcantes? Como escolher e enriquecer o enredo? Aprenda a escrever um livro passo a passo, aprimorando o estilo. Descubra sua voz literária.
Professor: ISABEL FURINI
Inscrição: R$ 30,00

Data: 09 de agosto a 29 de novembro de 2012.

Horário: 17 às 19h

Preço: Parcelas mensais de R$ 160,00

Dia(s) Semana: 5ªs feira

domingo, 24 de junho de 2012

REDES (poema de Isabel Furini )



Trampa mortal
 en el mar de sombras.

Hay redes que nos atrapan.

Refleja mi silencio
el movimiento del água
entre mis pies dormidos.

Y esas  montañas,
montañas del olvido
que reviven esperanzas muertas
y anuncian uma aurora nueva
en la desierta ruta del destino.
Isabel Furini é escritora  poeta premiada.


 Tela do artista plástico Carlos Zemek. Outros trabalhos: http://cazemek.blogspot.com http://cazemek.blogspot.com

terça-feira, 5 de junho de 2012

DENGUE (Poema infantil)



Água empoçada,
você já  deve saber
é uma bela casa
para o mosquito da dengue
morar e crescer.

A dengue é terrível
faz um mal danado.
Os mosquitos da dengue
são como vampiros
e atacam os humanos.

A mamãe coloca
as plantas em vasos,
os vasos em pratos,
os pratos nos cantos.

Ao  molhar as plantas,
que vivem nos vasos,
nunca deixar no prato
água acumulada.

Pinéus velhos, jogados
com água empoçada,
ficam perigosos
como velhas armas.

Homens e mulheres,
velhos e crianças,
devem ter cuidado
e espreitar direito.

Ao ver água empoçada, devem
jogá-la na hora, limpar,
ou ligar para o prefeito.
É preciso acabar com a dengue!

Isabel Furini


sábado, 28 de abril de 2012

MESA REDONDA DO LITERARTE



PARTICIPAMOS DA MESA REDONDA





MESA REDONDA


A PRODUÇÃO INTELECTUAL DOCENTE E A RESPONSABILIDADE DE SEU LEGADO PARA A CULTURA LOCAL  
Mediadora: SUSAN BLUM  (Universidade Positivo).
Demais componentes 
ADÉLIA MARIA WOELLNER (UFPR),ADONAI SANT'ANNA (UFPR), eISABEL FURINI (Solar do Rosário).

Em 20 de abril/12 LITERARTE PARANAENSE promoveu debates sobre cultura e educação. Artistas plásticos, poetas, literatos, professores, tiveram a oportunidade de trocar ideias. 

    quinta-feira, 26 de abril de 2012

    GANADORES DEL CONCURSO INTERNACIONAL POETIZAR EL MUNDO


    Recibimos 755 poemas. Agradecemos mucho a todos los poetas que participaron. Los trabajos son excelentes, y el jurado trabajó mucho hasta llegar a uma decisión. Gracias a todos.

    1° Lugar
    PERLA EN EL UNIVERSO

    Hermosa como ninguna, la tierra sigue girando
    entre el paso de los siglos y un mundo que va cambiando.
    Maravilla incomparable, sueño de tantos poetas
    que han dedicado sus versos a este excelso planeta,
    y a sus colores de vida que el universo refleja.



    Sheina Lee Leoni Handel
    Montevideo, Uruguay


    2º Lugar
    EMPÍREO


    Escribir es morir a cada instante
    y también soñar
    poder dar a la existencia un aliento de muerte cada noche
    pero no escribo
    únicamente vomito lo invisible

    Pavel Carlos Muñoz Ayona
    Lima, Peru

    3º Lugar
    SENTIDO

    No es que perdi el tren
    porque estuviese atrasada
    es que yo esperaba
    en el outro sentido.



    Autora: Ester Buffa
    São Paulo, Brasil

    4º Lugar
    1 (Uno)

    Miráme,
    ayudáme a contemplar
    los profundos ojos
    del niño antiguo.
    Me avergüenzan.

    Darío Alejandro Paiva
    De Buenos Aires, Argentina

    5º Lugar

    A última Nana


    Antes que la noche escribiera
    un final azul bajo sus párpados,
    el cuento perdió la última hoja
    y las hadas cayeron
                            al vacío.
    Erick Edilberto Estrada Quispe
    Arequipa - Peru


    6º Lugar
    CAMINO
    El sol,
    se ha escapado de la humanidad.
    ¡Qué extraño!
    una niña alumbra el camino.


    Yajaira Coromoto Álvarez Giménez
    Barquisimeto, Venezuela

    7º Lugar
    RUMBO A LA DEMENCIA

    En el límite exacto de la sensatez
    y en extraños estados de tiempos no vividos
    (huelo su aroma)
    transporto el dedo índice hasta mis sienes
    cual bala penetrando en mis deseos.

    Gloria Olguin
     IQUIQUE – CHILE


    8º Lugar

    CAMINO LA TARDE

    Voy caminando la tarde, me ayuda a recordar
    en este viaje de ida conmigo los años van;
    insiste, insiste la tarde en las cosas que hice mal…
    pero la vida me dice: Basta ya de llorar.
    Dios te ha puesto la mesa con tu vino y con tu pan.

    Ester García
    Buenos Aires, Argentina


    9º Lugar

    XIII

    Olvidé que aquel árbol estaba allí creciendo
    ahuecándose dentro
    no me culpen si arrastro tantos bosques desechos
    ya no tengo familia
    hay un túnel. He muerto.



    Claudia Alemán Concepción
    La Habana Cuba


    10º  Lugar
    Mares

    A veces somos mares tormentosos sobrevolados por incontables gaviotas
    otras veces somos el mar calmo y sin gaviotas
    otras veces somos el mar que se ondea tranquilamente y las gaviotas bajan…
    en ese punto la soledad se diluye ...y la gaviota muere de amor.


    Catalina Sánchez Bohórquez
    Bogotá, Colombia

    segunda-feira, 16 de abril de 2012

    sábado, 14 de abril de 2012

    "ENTRELINHAS" Crônica de Tânia Dubois




    Entrelinhas: a porta por onde o vento passa.Quando olho para um livro sinto que ele também está me olhando. Passo a mão carinhosamente na capa e, ao abri-lo, leio o significado que o autor deu às palavras. Vejo cada cena desenhada com os movimentos das palavras.

    Entrelinhas: onde o poeta pousa seus pensamentos.Parece mágica? Não. É apenas olhar a vida em alta definição. É viver as contradições, porque somos a soma daquilo que escolhemos ser e do que decidimos ler.

    Entrelinhas: a liberdade presa.Encanto-me com as leituras e a cumplicidade que o livro e eu assumimos. Sou amante das obras e seus significados interferem em minha vida, fazendo-me companhia nas horas mais necessitadas. Por vezes, dialogamos por horas como se o mundo parasse naquele momento em que nos descobrimos.

    Entrelinhas: a ponte que une as histórias do povo.Sou amante dos livros e não me limito apenas a um tipo de leitura. Gosto de ouvir o som das palavras e de ver a paisagem descrita em seus significantes.

    Entrelinhas: o horizonte onde o sol nasce.Ao ler, encontro vários textos e diversos contextos. Além de enxergar, ativo a memória para “ver” em cada escritor a sua verdade se integrando à minha vida.

    Entrelinhas: marca do gol feito; a bailarina entre o palco e a platéia.Sou amante dos livros e tenho preferência pela presença da poesia na minha vida, porque, de várias maneiras, ela determina a diversidade dos limites literários. Encontro nela a fonte de inspiração que me coloca em movimento, criando um mundo de idéias sobre o qual posso me apoiar.

    Entrelinhas: trilhos do trem levando e trazendo personagens.Sou amante dos livros e dos autores, que terminam por me influenciar com suas ideias, como sinais de mudança dos tempos: conquistar a vida com palavras.

    Entrelinhas: a zebra como significado.As entrelinhas demonstram a busca pela vida, pela criação e possuem características que formam o ponto de partida: tomada pela consciência redescubro a palavra, os sons e as cores, para o simbolismo sem contornos rígidos, porém emotivos, com ritmos ocultos, onde só o amor pode provocar a afloração da criatividade, tornando-me amante das entrelinhas.

    ESSA CRÔNICA DE TÂNIA DU BOIS FOI ESCOLHIDA PARA O LIVRO "EU QUERO SER ESCRITOR" - A CRÔNICA.



    TÂNIA DU BOIS – Natural de Sarandi, RS (1956). Residente em Itapema, SC. Professora. Pedagoga formada pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Articulista e cronista com textos publicados em portais, sites e blogs: Cronópios, Meiotom, Vidráguas, Página Digital (Argentina), Portal Literal e Literatura sem Fronteiras. Organizadora e revisora dos poemas de Pedro Du Bois, e também capista dos seus livros.

    quarta-feira, 28 de março de 2012

    VOCÊ CONHECE O QUIXOTE DE LA MANCHA?

    El hombre de la Mancha






    Será que o Quixote de la Mancha é somente um personagem criado por Cervantes na sua novela? Ou deveríamos dizer no primeiro romance que o mundo conheceu, como alguns consideram a obra?

    Há poucos dias, ouvi de uma pessoa desiludida que o Quixote não existe mais. Não existe. Está passado de moda. Escondido em um baú escuro e úmido. O Quixote é coisa do passado.

    Será? Ou talvez nossos olhos não foram treinados para descobrir os quixotes nas ruas da cidade, nos barzinhos do Largo, nas salas do Belas Artes, diante de um quadro no Museu Niemeyer, na livraria de usados buscando um título quase desconhecido, na noite de autógrafos lançando um livro para meia dúzia de pessoas, encostados nos vidros das agências de turismo olhando os cartazes com os olhos do desejo, procurando um vestido de noiva em algum atelier, olhando uma bola de futebol e sonhando.

    Interessante que eu não consigo ver o Quixote encaixotado em um gênero literário, abarrotado de estúdios literários, morto.

    Eu vejo o Quixote, ou os quixotes, todos os dias: é o poeta que vende seu livrinho feito por computador na Rua das Flores; é o ator de teatro que quase morre de fome, mas persiste esperando o êxito de sua próxima peça; é o recém formado que sonha em fazer uma pós-graduação na Europa, ainda que esteja desempregado no momento; é o empreendedor que inicia um pequeno negócio, mas sonha que terá êxito internacional; é o esportista sentado no banco de reserva, mas sonhando com um jogo fantástico. Céus!

    Este é um mundo de quixotes! E de sanchos!

    Quixote enlouquece, outros bebem nos bares, fumam ou ingerem substâncias proibidas, são os quixotes que chegaram ao limite de suas forças. Não conseguem mais sonhar sozinhos. E não adianta que uma sociedade materialista, doente, consumista e hipócrita julgue os outros – não sem antes olhar o verdadeiro rosto no espelho. E não falo dos dentes brancos depois de tratamento, nem do rosto de photoshop, falo do verdadeiro rosto – esse que escondemos dos vizinhos. Já falava Jung que quanto mais reprimimos “a sombra”, mais ela se fortalece.

    Vivemos em um mundo de sonhos desconcertantes e de realidades desconcertantes. Um mundo de vazio existencial, de medos, de máscaras, de fantasias. Um mundo de palavras e imagens. Um mundo no qual os quixotes nascem, crescem, envelhecem, morrem e nem sempre conseguem realizar os seus sonhos. Eles deixam algumas sementes de ideias. E novos quixotes nascem e tomam o lugar daqueles que se vão. Como lemos na letra “The Impossible dream”: “Tentar com os braços exaustos alcançar a estrela inalcançável”. É isso mesmo. Sonhar e batalhar. É sempre amanhã que os sonhos podem ser realizados.
    Hoje é só dia de luta.

    E o mundo seria melhor porque um homem desprezado e coberto de cicatrizes ainda luta com o que resta de sua coragem para alcançar a estrela inalcançável”.

    Queridos leitores, existe algo mais “quixotesco” do que isso?

    Isabel Furini é escritora e poeta premiada (e-mail: isabelfurini@hotmail.com), autora de “Eu quero ser escritor – a crônica”, da Editora Instituto Memória.

    segunda-feira, 26 de março de 2012

    El sueño imposible

    Esse vídeo com imagens do livro "O pequeno príncipe" ilustra a bela filosofia da música de Joe Darion/Mitch Leigh composta em 1965.

    sábado, 17 de março de 2012

    ISABEL FURINI CONCEDE ENTREVISTA À ANGELA REALE


    Angela Reale, atriz, radialista e escritora, teve uma crônica de sua autoria escolhida para o livro Eu quero ser Escritor . Interessada na obra e no trabalho do cronista, enviou algumas perguntas pelo e-mail:

    1- A crônica é mais fácil de escrever, em relação a outras categorias?

    Escrever bem é difícil em qualquer gênero literário, mas a crônica, por ser um texto curto, baseado no dia a dia, é mais atrativa para o iniciante. Um romance exige muito fôlego, já o conto e a crônica, por serem trabalhos pequenos, exigem muita tensão emocional para cativar o leitor, mas o trabalho termina em pouco tempo e o autor pode escrever outro texto e acumular experiência. Por isso, iniciamos a coleção Eu quero ser escritor com uma obra dedicada ao estudo da crônica, uma maneira de incentivar os interessados a escrever e aprimorar-se.

    2- É possível aprender a fazer literatura numa oficina literária ou o escritor apenas encontra ali uma porta?

    As oficinas literárias têm como objetivo orientar os iniciantes e não formar escritores. O escritor constrói a si mesmo, mas uma oficina pode ser como você bem disse: uma porta de entrada. Porém o caminho é muito longo. O aprendiz pode encontrar em uma oficina as informações, enriquecer-se com os diálogos, escutar os colegas, descobrir novos horizontes, mas ele mesmo terá que desenvolver a sua imaginação, arquitetar os seus textos, descobrir seus pontos fortes e fracos.
    3- Todo livro, ao ser editado, tem um público alvo. O livro Eu quero ser escritor – crônicas – destina-se a quem?

    O público alvo desse livro está constituído pelas pessoas que gostam de escrever, que desejam aprimorar-se, que querem saber um pouco mais sobre a crônica.

    4- Dentre os alunos, consegue perceber uma mudança emocional após o texto pronto?

    Muitos deles, especialmente aqueles que não se acham com o “dom” para escrever, depois que terminam um texto, ficam admirados com a própria obra. Dá muita alegria perceber que foram capazes de vencer o desafio de escrever uma crônica ou um conto, que o trabalho ficou bom.

    5- Entre homens e mulheres, é possível fazer uma distinção sobre os temas escolhidos?

    Sempre há exceções, assuntos comuns para ambos os sexos, mas entre os temas mais trabalhados pelas mulheres estão moda, usos e costumes, filhos, relacionamentos – seja de casal, amigas, membros de uma família – enquanto os homens escrevem mais sobre acontecimentos no trabalho, piadas de bar, bebidas.

    6- O apoio de uma editora é fundamental. Teve algum problema quanto a isso?

    Nesse livro não tive problemas porque em 2009, quando foi publicado O Livro do Escritor pela editora Instituto Memória, Anthony Leahy, o editor, já havia solicitado um livro sobre crônicas.

    7- Eu quero ser escritora. O que diria para mim?

    Em primeiro lugar, procurar leituras dos assuntos que você gostaria de escrever. Um poeta pode ler crônicas, contos, romances, livros de não-ficção, mas deve procurar ler livros de poemas, especialmente de autores consagrados, para sentir o ritmo, descobrir as metáforas, entender o caminho seguido pelo poeta. Um futuro cronista precisa ler livros sobre diferentes assuntos para aumentar sua cultura geral, ler crônicas para descobrir como os diferentes autores arquitetam seus textos. Precisa também analisar os acontecimentos mais simples, ver o mundo com olhos diferentes. Questionar o mundo.
    A base da escrita é a leitura e a reflexão. Um escritor organiza em palavra sua visão do mundo. Ler o mundo e descrevê-lo pode ser um belo exercício literário.

    Isabel Furini é escritora e poeta premiada.

    EU QUERO SER ESCRITOR - A CRÔNICA


    O desejo de ser escritor pode nascer a qualquer idade. Às vezes na época de infância, outras, depois de se aposentar. Escrever é um encontro consigo mesmo. É um trabalho não só com o texto, mas também é uma maneira de trabalhar nossas ideias, conceitos, pensamentos, de treinar nosso olhar sobre o mundo. Escrever é exprimir emoções e pensamentos.

    O livro Eu quero ser Escritor, de minha autoria, tem como objetivo dar dicas para os novos cronistas. De maneira simples o leitor perceberá que em cada capítulo são analisados aspectos diferentes da crônica ou as maneiras com as quais os cronistas escolhem para conseguir um assunto, para melhorar uma página.

    A crônica é um gênero leve, de leitura fácil, e, nesta época de internet, muitas pessoas têm blogs ou sites e querem se aprimorar como cronistas. Esse é o objetivo do livro Eu Quero ser Escritor, assinalar caminhos, dar dicas práticas, ajudar os novos escritores no difícil exercício da arte de escrever.

    Eu quero ser Escritor, publicado pela editora Instituto Memória, será lançado em 27 de março, às 19 horas. O lançamento será no Palacete dos Leões, Av. João Gualberto, 530, Alto da Glória, Curitiba. Mais informações pelos fones: (41) 3352-3661 ou 3352-4515. Junto com o lançamento acontecerá a abertura da exposição O mundo dos sonhos, do artista plástico Carlos Zemek.
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